Aumenta oferta de produtos para cabelos cacheados e crespos, mas estudo aponta demanda reprimida
06/12/2021
Pesquisa do hub de conteúdo de cabelos da Unilever, Tudo pra Cabelo, encomendada para a empresa Opinion Box aponta que 9 em cada 10 brasileiros, que se declaram negros, afirmam que a variedade de produtos para cabelos cacheados e crespos atualmente existente no mercado é maior quando comparada a cinco anos atrás. Mas mesmo com esse dado positivo, o estudo mostra que há uma oferta reprimida, já que 31% acreditam que não há produtos suficientes no mercado para esses tipos de cabelos. E entre os respondentes da classe AB, esse número salta para 46%.
Entre os entrevistados, que gostariam de ver uma maior variedade de itens para cabelo disponíveis, os finalizadores foram os mais mencionados – 60% deles gostaria de ver mais desse tipo de produtos, que ajuda na definição e volume dos fios. Em segundo, aparecem as máscaras capilares, com 47% desejando que a sua oferta fosse maior.
A pesquisa também abordou questões de comportamento e detectou fatos preocupantes. Praticamente metade da população brasileira autodeclarada negra, 49%, diz que já teve que mudar o cabelo em algum momento para ser mais aceita em determinado ambiente. Esse número ainda é maior entre os mais jovens, chegando a 53% entre aqueles de 20 a 29 anos de idade. Por sua vez, 44% do grupo entre 30 e 39 anos faz o mesmo tipo de afirmação.
O motivo principal apontado para a mudança de cabelo tem cunho profissional. Por exemplo, 35% dizem que estavam procurando emprego e sentiram que precisavam mudar para serem aceitos nas empresas. Logo em seguida, surge uma razão mais social, com 32% dizendo que comentários feitos por amigos, colegas ou outras pessoas levaram a uma mudança no visual.
Em relação aos estilos, a pesquisa detectou uma inclinação mais tradicional. Os homens, por exemplo, preferem o cabelo curto, mencionado por 61% deles. Bem mais atrás, veio o estilo raspado, com 14% das menções. Já entre as mulheres, o estilo predileto é o longo, dito por 46% delas.
(Fonte: Cosmetic Innovation, 24 de novembro de 2021)