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Varejo farmacêutico celebra crescimento de dois dígitos


O varejo farmacêutico celebra o crescimento na casa de dois dígitos em 2021. É o que apontam os balanços de vendas das principais entidades setoriais, que contemplam tanto os grandes players como o associativismo e as redes de pequeno e médio porte.

O grande varejo farmacêutico nacional consolidou sua posição de destaque na economia ao encerrar 2021 com faturamento acima de R$ 67,5 bilhões, valor 16,04% superior ao de 2020. Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (ABRAFARMA), que integra as 26 maiores empresas do setor no país, trata-se do maior avanço percentual desde 2011, quando o crescimento foi de 19,4%.

Como parâmetro, as grandes redes tiveram incremento de 11,14% e 8,8% nos dois anos anteriores. “A pandemia acelerou a inovação digital e a relevância das farmácias como polos de atenção primária em saúde. Mas a transformação do segmento, com foco na assistência farmacêutica e em uma jornada de consumo mais amigável e multicanal, já vem fundamentando nossas operações ao longo dos últimos anos”, avalia Sérgio Mena Barreto, CEO da entidade.

O setor terminou o ano passado com 8.921 pontos de venda em 100% dos estados brasileiros e no Distrito Federal. O contingente de funcionários e colaboradores passou de 134,9 mil para 144,2 mil. As 26 maiores redes do Brasil detêm um market share de 45% do setor, embora representem apenas 10% das mais de 85 mil farmácias atuantes no país.

Associativismo em alta

Os indicadores também confirmam a ascensão do associativismo. De acordo com a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (FEBRAFAR), o segmento teve avanço de 18,5% e ampliou seu market share. Os 12 mil PDVs que integram o grupo já perfazem 13% do faturamento do varejo farmacêutico.

“Somos um dos únicos players que ganha participação aumentando a venda nas mesmas lojas (17,5%). Outro ponto positivo é que crescemos em todas as regiões. No Nordeste, saímos do nono lugar para o sétimo. No Sul, saltamos da 16ª posição para a sétima, ou seja, mantivemos ou ganhamos espaço em todas as regiões do Brasil”, afirma Edison Tamascia, Presidente da FEBRAFAR.

Para sustentar o crescimento em 2022, a entidade foca as atenções na transformação digital. Juntamente com a Farmarcas, lançou um inédito sistema de e-delivery no associativismo. Prevê ainda para este ano o lançamento da plataforma de e-commerce e um projeto de treinamento e educação a distância.

Tecnologia no radar da ABRAFAD

A Associação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias e Drogarias (ABRAFAD), por sua vez, registrou no ano passado um faturamento de R$ 3,6 bilhões e 4.180 PDVs espalhados pelo país. O objetivo em 2022 é manter o crescimento acima de dois dígitos, na casa dos 15%. A entidade, que reúne 17 redes, almeja chegar a R$ 4 bilhões em faturamento e a 3% de market share, com 5,2 mil PDVs.

Para o Diretor-Executivo Nilson Ribeiro, o patamar atual da entidade reforça os ânimos para os futuros desafios. “Os índices já consolidados nos colocam numa posição confortável e ao mesmo tempo desafiadora para continuar estruturando os negócios e realçando a importância da entidade para o mercado farmacêutico brasileiro”, destaca.

A meta para os próximos meses é atrair mais cinco associadas. Ainda em março, a entidade prevê uma série de novos projetos e parcerias para estimular a inovação tecnológica nas redes associadas e aprimorar a oferta de assistência farmacêutica nas lojas.

Marca própria: fidelização e rentabilidade

A UNIFABRA – União de Farmácias Brasileiras apresentou um crescimento de 20%, com faturamento de R$ 1,5 bilhões. O grupo planeja abrir 42 lojas neste ano e investe suas fichas no segmento de marcas próprias – cujas vendas cresceram 22,5%.

“Lançamos mais de 70 SKUs e nosso intuito é chegar a 500 itens no portfólio. Inclusive, nos filiamos à Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (ABMAPRO) e iniciamos o planejamento para estender esse portfólio além dos itens de higiene e beleza”, antecipa o Gestor Comercial Afonso Morais. Entre as categorias planejadas estão artigos de primeiros-socorros e acessórios infantis.

“Também projetamos implementar uma ferramenta de prospecção de pontos e análise referenciada. O objetivo é dividir essa reponsabilidade com os associados, para que eles sejam mais participativos nas ações estratégicas e de processos dentro de cada uma das empresas”, ressalta.

(Fonte: Panorama Farmacêutico, 15 de fevereiro de 2022)

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