Realidades virtual e aumentada: como o varejo pode explorar essas tecnologias?
07/08/2019
Se você é um leitor assíduo do nosso blog saberá que sempre destacamos a importância da tecnologia para os negócios. Seja proporcionando umamelhor experiência de compra, permitindo que um produto seja feitoexclusivamente para um cliente ou conectando pessoas e empresas deforma muito mais simples, as inovações tecnológicas são frequentemente aproveitadas pelo varejo para nutrir relações mais próximas com os consumidores.
O assunto do texto de hoje não foge a essa regra. Tanto a realidade virtual quanto a realidade aumentada são novidades com uma capacidade enorme para mudar a maneira como compramos algum item. Mas antes de saber como elas já estão impactando o mercado, é preciso entender a diferença entre ambas.
Realidade virtual x Realidade aumentada
Com a tecnologia da realidade virtual, um usuário consegue “imergir” em um espaço fictício, enxergando elementos completamente diferentes de onde realmente ele está no mundo físico. Para ter essa visão em primeira pessoa é necessário usar um óculos 3D, que isola completamente a nossa realidade, nos colocando no mundo virtual.
As potencialidades desse equipamento já estão sendo exploradas com sucesso pela indústria de games, fazendo com que jogadores sintam que estão dentro de outros universos. Mas também é possível marcar uma reunião com executivos do mundo inteiro e encontrá-los em algum ambiente simulado.
Ao contrário da realidade virtual, a realidade aumentada não é tão imersiva assim, mas é mais fácil de ser acessada. Ela funciona a partir de softwares e dispositivos que combinam o mundo virtual ao real, possibilitando maior interação e mudando a forma como realizamos algumas atividades
O Google Glass é um exemplo disso. O aparelho, que conta com uma pequena tela acima do campo de visão, mostra ao usuário notícias jornalísticas, a temperatura do dia e o tempo que leva para ir de um lugar ao outro. Já o recente game Pokémon Go usa a câmera do smartphone para exibir na tela criaturas digitais que não pertencem à nossa realidade.
Beneficiando os negócios
Uma das principais vantagens da adoção dessas tecnologias é aproximar o cliente da marca, deixando seu processo de compra diferenciado e lúdico. Dentro da realidade virtual, ambientes inteiros podem ser fielmente recriados. Assim, pessoas conseguem ter a sensação de estar visitando um supermercado ou uma loja de roupas em busca de um produto, pegando um item de uma gôndola e checando seu rótulo, ou até experimentando todas as calças de um estabelecimento em questão de minutos.
É uma experiência prática e convidativa, que elimina a necessidade física de provadores, filas e caixas. Apesar disso, o vendedor pode estar presente nesse mundo virtual, dando sugestões e informando sobre uma peça, já que a interação com o cliente é possível com microfones conectados aos óculos.
As lojas virtuais também geram uma série de dados sobre as etapas decisivas percorridas por um consumidor antes da compra. Qual setor mais atraiu sua atenção, quais são suas principais dúvidas e quanto tempo ele passou dentro do estabelecimento, por exemplo. Tudo isso pode ajudar a marca a traçar estratégias capazes de serem aplicadas nas lojas físicas.
Já a realidade aumentada tem ótimas aplicações para varejistas de móveis e decoração. Com o celular em mãos, a pessoa pode selecionar um abajur ou um sofá vendido por uma marca e, pela tela, visualizar como eles ficariam em qualquer cômodo da casa. Dá para escolher a melhor posição do item, assim como sua cor e tamanho, por exemplo.
Caso o cliente já esteja na loja física, a realidade aumentada também pode facilitar sua vida por meio de provadores virtuais. Ele só precisa ficar de frente para um painel com uma câmera e escolher as peças que quiser ver sobrepostas em seu corpo. O resultado é eficaz e pode acelerar uma decisão de compra.
Uma empresa pode também aplicar essa tecnologia em seus próprios produtos. Apontar a câmera do smartphone para uma camisa pode fazer com que o personagem da estampa se mova, algo suficientemente curioso para chamar a atenção de um consumidor. Outro exemplo possível é uma caixa de cereal com um jogo de realidade aumentada em que crianças têm a chance de ver o mascote da marca ganhando vida e movimento.
Os investimentos em realidades virtuais e aumentadas ainda não são amplos, mas a incorporação dessas novidades no varejo fica mais palpável a cada dia. Sua empresa está preparada?