ABRE
2020

ESTUDO ABRE MACROECONÔMICO DA EMBALAGEM E CADEIA DE CONSUMO
Apresentação março de 2021: retrospecto de 2020 e perspectivas para o ano de 2021

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO

O estudo exclusivo macroeconômico da indústria brasileira de embalagem, realizado pela FGV, demonstra que o valor bruto da produção física de embalagens tem previsão de atingir o montante de R$ 92,9 bilhões, um aumento de 22,3% em relação aos R$ 75,9 bilhões alcançados em 2019.

Os plásticos representam a maior participação no valor da produção, correspondente a 39,6% do total, seguido pelo setor de embalagens de papel/cartão/papelão com 31,6%, metálicas com 19,9%, vidro com 4,5%, têxteis para embalagens com 3,0% e madeira com 1,4%.

PRODUÇÃO FÍSICA

A produção da indústria de embalagem apresentou um crescimento de 0,5% no ano de 2020, sendo que este é o quarto ano consecutivo que apresenta um resultado positivo na produção, com crescimento em 2019 de 3,1%, em 2018 de 2,6% e em 2017 de 1,9%.

Dentro da produção física de embalagens por classes, as embalagens de plástico e papel/papelão ondulado se destacaram com incrementos em sua produção, com crescimento de 6,8% e 1,0%, respectivamente. As embalagens de madeira, vidro e metálicas  apresentaram retração em sua produção física.

Os resultados  foram influenciados por algumas das principais indústrias usuárias de bens de consumo, como alimentos, farmacêuticos, limpeza e perfumaria. Mas outras indústrias sofreram também o impacto da pandemia, como bebidas, vestuário &  acessórios e couro & acessórios.

Para este ano, a perspectiva é que a produção de embalagens cresça entre 4,4% e 5,9% sobre 2020, segundo projeções do estudo.

A perspectiva é de um primeiro trimestre ainda fraco em razão da ausência do auxílio emergencial e das medidas restritivas de fechamento de várias atividades por causa da segunda onda de Covid-19. Mas a expectativa é que ocorra reação a partir, especialmente, do segundo semestre, com a entrada dos recursos do auxílio emergencial, que devem movimentar a atividade, a recuperação do emprego e da renda e também do gasto da poupança acumulada pela classe média nos últimos meses.

EMPREGO FORMAL

O nível de emprego na indústria atingiu 230.932 postos de trabalho em dezembro de 2020, contingente que é 4,0% superior ao de dezembro de 2019.

A indústria de plástico é a que mais emprega, totalizando, em dezembro de 2020, 125.332 empregos formais, correspondendo a 54,3% do total de postos de trabalho do setor. Em seguida vem papelão ondulado com 34.208 funcionários (14,8%), papel com 22.404 (9,7%), metálicas com 18.326 (7,9%), madeira com 13.643 (5,9%), cartolina e papelcartão com 9.653 (4,2%) e vidro com 7.366 (3,2%).

EXPORTAÇÕES

No ano de 2020 as exportações diretas do setor de embalagem tiveram um faturamento de US$ 520,4 milhões, uma queda de 4,6%em relação ao ano anterior. As embalagens metálicas correspondem a 37,6% do total exportado, seguidas pelas embalagens plásticas com 31,8% na segunda colocação. Já as embalagens de papel, cartão e papelão ficaram no terceiro lugar, correspondendo a 23,2% do total exportado, seguidas por embalagens de vidro (4,1%) e madeira (3,3%).

Em relação ao crescimento de exportações por segmento, o setor de embalagens de vidro lidera com acréscimo de 43,7% no valor total exportado no ano passado, seguido por embalagens de madeira com incremento de 27,1%. Já os setores de embalagens de papel/papelão, metálicas e plásticas tiveram um decréscimo de -16,4%, -4,9% e -0,9%, respectivamente.

IMPORTAÇÕES

As importações em 2020 movimentaram um total de US$ 626,7 milhões, representando uma queda de 0,8% em relação ao ano anterior. O setor de plásticos corresponde a 50,8% do total importado, seguido por embalagens metálicas (21,2%), vidro (20,4%), papel/papelão (7,5%) e madeira (0,1%).

Em relação ao desempenho de importações por segmento, as embalagens metálicas foram as únicas a apresentaram acréscimo de 33,0% no valor importado. Já os outros tipos de embalagens tiveram retração, lideradas por embalagens de madeira que apresentou um decrescimento de -45,0%, seguidas por embalagens de vidro (-10,7%), papel/papelão (-6,6%) e plásticas (-5,7%).