ESTUDO MACROECONÔMICO DA EMBALAGEM ABRE / FGV
Apresentação fevereiro de 2018: retrospecto de 2017 e perspectivas para 2018
ESTUDO MACROECONÔMICO DA EMBALAGEM ABRE/ FGV
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VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO
O estudo exclusivo macroeconômico da indústria brasileira de embalagem, realizado pelo IBRE (Instituto Brasileiro de Economia) / FGV (Fundação Getúlio Vargas) há vinte e um anos para a ABRE, demonstra que o valor bruto da produção física de embalagens atingiu o montante de R$ 71,5 bilhões, um aumento de aproximadamente 5,1% em relação aos R$ 68 bilhões alcançados em 2016.
Os plásticos representam a maior participação no valor da produção, correspondente a 38,85% do total, seguido pelo setor de embalagens celulósicas com 34,09% (somados os setores de papelão ondulado com 17,36%, cartolina e papelcartão com 11,57% e papel com 5,16%), metálicas com 18,15%, vidro com 4,44%, têxteis para embalagens com 2,53% e madeira com 1,95%.
PRODUÇÃO FÍSICA
Após três anos de resultados desfavoráveis do setor, a produção da indústria de embalagem apresentou um crescimento de 1,96% em 2017.
De acordo com o estudo, o resultado foi influenciado pelo desempenho das principais indústrias usuárias que apresentaram uma moderada recuperação e um aumento em sua produção, variando entre produtos de consumo não duráveis, de rápido consumo, até segmentos de produtos duráveis, como eletroeletrônicos ou mesmo da construção civil.
A projeção para o ano de 2018 – calculado por um modelo econométrico que utiliza variáveis como sazonalidade, tendência e produção da indústria de transformação – é de um crescimento de 2,96% em sua produção física.
Segundo o estudo, é pouco provável que a recuperação seja mais rápida e o crescimento maior que o previsto. Alguns fatores como frustação com a reforma da Previdência, pressões para uso de “atalhos” que permitam um crescimento maior, eleições, incertezas políticas, geopolítica internacional, etc. podem influenciar diretamente impactando negativamente a economia em geral, reduzindo o crescimento projetado.
Das cinco classes de embalagem, quatro registraram crescimento em 2017, sendo que as embalagens de vidro tiveram o maior crescimento (3,39%), seguidas por embalagens de plástico (3,37%), papel/papelão/cartão (2,99%) e madeira (0,56%). A exceção ficou com as embalagens metálicas que apresentaram uma retração de -3,92%.
Todos os grandes usuários de embalagens apresentaram recuperação da produção em 2017, impactando nos resultados positivos do setor de embalagens.
Apesar do setor de embalagens ser impactado diretamente pelos resultados da indústria, suas variações de crescimento e retração são mais amenas do que a da indústria em geral, conforme demonstrado pelo gráfico comparativo abaixo:
EMPREGO FORMAL
O nível de emprego na indústria atingiu 218.146 postos de trabalho em dezembro de 2017, contingente que é 1,12% superior ao de dezembro de 2016.
A indústria de plástico é a que mais emprega, totalizando, em dezembro de 2017, 115.558 empregos formais, correspondendo a 52,97% do total de postos de trabalho do setor. Em seguida vem papelão ondulado com 32.355 funcionários (14,83%), papel com 21.659 (9,93%), metálicas com 17.720 (8,12%), madeira com 13.475 (6,18%), cartolina e papelcartão com 9.685 (4,44%) e vidro com 7.694 (3,53%).
EXPORTAÇÕES
No ano de 2017 as exportações diretas do setor de embalagem tiveram um faturamento de US$ 544 milhões, valor que representa um crescimento de 10,67% em relação ao ano de 2016. As embalagens plásticas correspondem a 39,80% do total exportado, seguidas pelas metálicas com 35,67% na segunda colocação. Já as embalagens de papel, cartão e papelão ficaram no terceiro lugar, correspondendo a 19,26% do total exportado, seguidas por embalagens de vidro (3,90%) e madeira (1,37%).
Em relação ao crescimento de exportações por segmento, o setor de embalagens metálicas lidera com acréscimo de 22,67% no valor total exportado no ano passado, seguido por embalagens plásticas (12,80%) e de vidro (11,74%). Já os setores de embalagens de madeira e de papel/papelão tiveram um decréscimo de -31,76% e -6,03%, respectivamente.
IMPORTAÇÕES
As importações tiveram um crescimento de 5,87% no ano de 2017 na comparação com o ano anterior, movimentando um total US$ 527,3 milhões. O setor de plásticos corresponde a 57,80% do total importado, seguido por embalagens metálicas (18,19%), vidro (13,52%), papel/papelão (10,37%), e madeira (0,12%).
Em relação ao desempenho de importações por segmento, todos as classes apresentaram crescimento, sendo que as embalagens de madeira apresentaram o maior acréscimo correspondendo a 117,18%, seguidas por embalagens de vidro (16,49%), metálicas (5,30%), papel/papelão (4,63%) e plástico (3,93%).