ABRE
2018

ESTUDO ABRE MACROECONÔMICO E DE TENDÊNCIAS
Apresentação março de 2019: retrospecto de 2018 e perspectivas para os próximos anos

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VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO

O estudo exclusivo macroeconômico da indústria brasileira de embalagem, realizado atualmente pela Euromonitor, demonstra que o valor bruto da produção física de embalagens atingiu o montante de R$ 78,5 bilhões, um aumento de 10,4% em relação aos R$ 71 bilhões alcançados em 2017.

Os plásticos representam a maior participação no valor da produção, correspondente a 40% do total, seguido pelo setor de embalagens de papel/cartão/papelão com 32%, metálicas com 17%, vidro com 5%, têxteis para embalagens com 4% e madeira com 2%.

PRODUÇÃO FÍSICA

A produção da indústria de embalagem apresentou um crescimento de 2,5% em 2018. Todas as classes de materiais apresentaram crescimento, com destaque para embalagens de madeira e têxteis.

Dentre os grandes usuários de embalagens, farmacêutico, informática, eletrodomésticos, limpeza, beleza & higiene pessoal apresentaram crescimento em sua produção física. Já os outros setores, como alimentos e bebidas, por exemplo, tiveram uma retração em sua produção.

De acordo com o estudo, o país ainda passa por um período de ajuste, muito parecido com outros países que passaram por crises semelhantes e que ainda apresentará algumas oscilações durante algum tempo, mas a perspectiva é que a recuperação econômica se consolide nos próximos anos.

Para analisar o crescimento de embalagens por categorias, foi utilizada a base de dados Passport da Euromonitor, que inclui as embalagens primárias do varejo de alimentos processados, bebidas, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de cuidados pessoais e alimentos para pets. Esta base de dados não considera as embalagens secundárias e/ou de transporte.

Do total de embalagens mensurados pela base de dados, a maior parte destas é de embalagens flexíveis, seguidas por embalagens de plástico rígido e cartonadas assépticas

De acordo com o estudo, ocorreu uma retração no volume de embalagens de 2014 a 2018, devido a forte crise econômica dos últimos anos. De qualquer forma, há estimativas de que no longo prazo todos os tipos de embalagens apresentam perspectivas de crescimento em volume.

EMPREGO FORMALO nível de emprego na indústria atingiu 219.011 postos de trabalho em dezembro de 2019, contingente que é 0,41% superior ao de dezembro de 2017.

A indústria de plástico é a que mais emprega, totalizando, em dezembro de 2018, 116.908 empregos formais, correspondendo a 53,37% do total de postos de trabalho do setor. Em seguida vem papelão ondulado com 32.055 funcionários (14,64%), papel com 21.881 (10,00%), metálicas com 17.244 (7,87%), madeira com 13.267 (6,06%), cartolina e papelcartão com 9.817 (4,48%) e vidro com 7.839 (3,58%).

EXPORTAÇÕES

No ano de 2018 as exportações diretas do setor de embalagem tiveram um faturamento de US$ 583 milhões, valor que representa um crescimento de 7,1% em relação ao ano de 2017. As embalagens metálicas correspondem a 42% do total exportado, seguidas pelas embalagens plásticas com 34% na segunda colocação. Já as embalagens de papel, cartão e papelão ficaram no terceiro lugar, correspondendo a 20% do total exportado, seguidas por embalagens de vidro (3%) e madeira (1%).

Em relação ao crescimento de exportações por segmento, o setor de embalagens metálicas lidera com acréscimo de 27,5% no valor total exportado no ano passado, seguido por embalagens de madeira (18,9%) e de papel/papelão (9,4%). Já os setores de embalagens de vidro e de plástico tiveram um decréscimo de -26,6% e -9,3%, respectivamente.

IMPORTAÇÕES

As importações tiveram um crescimento de 16,4% no ano de 2018 na comparação com o ano anterior, movimentando um total US$ 614 milhões. O setor de plásticos corresponde a 62% do total importado, seguido por embalagens metálicas (17%), vidro (13%) e papel/papelão (8%).

Em relação ao desempenho de importações por segmento, as embalagens de vidro apresentaram o maior acréscimo correspondendo a 25,6%, seguidas por embalagens metálicas (19,3%)  e de plástico (16,49). Já as embalagens de madeira e de papel/papelão apresentaram retração de -38,4% e -12,4%, respectivamente.