ABRE
2021

ESTUDO ABRE MACROECONÔMICO DA EMBALAGEM E CADEIA DE CONSUMO
Apresentação março de 2022: retrospecto de 2021 e perspectivas para o ano de 2022.

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO

O estudo exclusivo macroeconômico da indústria brasileira de embalagem, realizado pela FGV, demonstra que o valor bruto da produção física de embalagens tem previsão de atingir o montante de R$ 110,9 bilhões, um aumento de 31,1% em relação aos R$ 84,6 bilhões alcançados em 2020.

Os plásticos representam a maior participação no valor da produção, correspondente a 37,1% do total, seguido pelo setor de embalagens de papel, cartolina e papelcartão e papelão ondulado, que juntos representam 31,7%, metálicas com 21,4%, vidro com 4,2%, têxteis para embalagens com 3,7% e madeira com 1,9%

PRODUÇÃO FÍSICA

A produção da indústria de embalagem apresentou uma contração de 3,0% no ano de 2021, após quatro anos consecutivos de resultado positivo na produção, com crescimento em 2017 de 1,9%, 2018 de 2,6%, 2019 de 3,1% e 2020 de 0,4%.

Dentro da produção física de embalagens por classes, as embalagens de madeira foi o único segmento que apresentou crescimento (28,9%), porém sua participação no setor é muito pequena. respectivamente. As embalagens de plástico, papel e papelão ondulado e metálicas apresentaram retração em sua produção física, levando o setor crescer três anos acima da média industrial.

Os resultados foram influenciados por algumas das principais indústrias usuárias de bens de consumo, como alimentos, limpeza e farmacêuticos. Os segmentos de informática, eletrônicos e óticos e fumo, também apresentaram queda na produção, segundo dados do IBGE.

Para este ano, a perspectiva é que a produção de embalagens permaneça estável. Há ainda um viés baixista em razão dos fatores macroeconômicos internos como alta da inflação e SELIC e a eleição presidencial deste ano. Nos fatores externos, a dificuldade de obtenção de insumos combinada com a alta dos preços desses produtos e a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia que acaba refletindo também nos preços dos insumos. Com isso a expectativa do estudo ficou entre -2,0% a 1,0% para 2022.

EMPREGO FORMAL

O nível de emprego na indústria atingiu 239.932 postos de trabalho em dezembro de 2021, contingente que é 3,9% superior ao de dezembro de 2020. A indústria de plástico é a que mais emprega, totalizando, em dezembro de 2021, 129.455 empregos formais, correspondendo a 54,0% do total de postos de trabalho do setor. Em seguida vem papelão ondulado com 35.511 funcionários (14,8%), papel com 22.992 (9,6%), metálicas com 19.067 (8,0%), madeira com 15.418 (6,4%), cartolina e papelcartão com 10.029 (4,2%) e vidro com 7.352 (3,1%).

EXPORTAÇÕES

No ano de 2021 as exportações diretas do setor de embalagem tiveram um faturamento de US$ 639,4 milhões, um crescimento de 22,9% em relação ao ano anterior. As embalagens metálicas correspondem a 29,3% do total exportado, seguidas pelas embalagens plásticas com 31,8% na segunda colocação. Já as embalagens de papel, cartão e papelão ficaram no terceiro lugar, correspondendo a 24,8% do total exportado, seguidas por embalagens de vidro e madeira, ambas com 3,4% de participação. Em relação ao crescimento de exportações por segmento, todos os segmentos apresentaram crescimento na comparação com o ano de 2020. Os destaques foram o setor de papel / papelão com acréscimo de 31,1%, seguido por embalagens de metal com incremento de 27,9% e madeira com aumento de 25,7%. Os segmentos plásticos e vidro, apresentaram incremento de 13,3% e 2,1% respectivamente nas exportações.

IMPORTAÇÕES

As importações em 2021 movimentaram um total de US$ 600,4 milhões, representando uma queda de 4,2% em relação ao ano anterior. O setor de plásticos corresponde a 36,0% do total importado, seguido por embalagens de vidro (28,2%), metal (25,1%), papel/papelão (10,6%) e madeira (0,1%). Em relação ao desempenho de importações por segmento, a queda observada em 2021 foi influenciada pelo segmento plástico, que reduziu suas aquisições no mercado externo em 32,1%, o que equivale a aproximadamente US$ 102 milhões FOB. Já os demais segmentos de vidro, metal, papel / papelão e madeira apresentaram crescimento de 32,6%, 13,1%, 34,8%, 100,1%, respectivamente.