ABRE

O mercado de HPPC – higiene pessoal, perfumaria e cosméticos

Setor se reinventa, mesmo com conjuntura econômica desfavorável e pandemia, e lança novos produtos e canais


Esse mês o Comitê de Cosméticos da ABRE contou com a presença de Elaine Gerchon, gerente de Inteligência de Mercado da Abihpec – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, que apresentou para os associados da ABRE o desempenho do setor em 2021 e quais são as expectativas para o próximo ano.

Ao longo dos anos o conceito de beleza tem mudado e cada vez mais a beleza natural é valorizada demostrando a importância de se destacar a diversidade. Não existem mais as verdades imutáveis, como por exemplo, cabelo liso é que é bonito. Cabelos cacheados, crespos, lisos, loiros, ruivos, morenos, todos têm a sua beleza e combinam com a personalidade das pessoas.

Na pandemia os consumidores passaram a buscar produtos que sejam multipropósitos, ou seja, que atendam diversos usos, como por exemplo, um mesmo produto para ser usado no cabelo e no corpo, uma vez que a maioria das mulheres, ao fazer o home office, passou a ter que cuidar da casa e dos filhos em tempo integral, tendo menos tempo para cuidar de si mesma.

Uma tendência que cresce e ganha cada vez mais destaque no Brasil e no mundo é a clean beauty, que traz os cosméticos sustentáveis com foco nos aspectos sociais e ambientais, que também utilizam ingredientes de fontes renováveis e que está associada ao movimento “Beleza Limpa”.

Esse movimento leva o consumidor a se preocupar mais com a composição dos produtos e assim, eles ficam mais atentos às informações dos rótulos, se preocupando com a origem dos ingredientes, com a questão de testes em animais, alergênicos, entre outros, mas a importância da segurança e da qualidade dos produtos continua sendo fundamental.

A questão do custo-benefício também é chave para os consumidores e segundo dados da Mintel, 23% dos brasileiros optaram por comprar produtos premium em 2021 e isso está diretamente relacionado à alta performance que esses produtos prometem.

Cada vez mais, o consumidor está mais atento às novidades, seja em novas composições de produtos, novas marcas, novos usos, mais funcionalidade, e por isso, o setor de HPPC não parou durante a pandemia e diante do cenário econômico desafiador.

No ano de 2020, o setor teve um faturamento de R$ 59 bilhões (ex-factory), com 5,8% de crescimento. Devido à pandemia, os consumidores estão mais preocupados com a higiene e cuidados pessoais, com o autocuidado da pele e dos cabelos, e a chamada cesta Covid (produtos para banho, tissue, álcool gel, etc.) impulsionaram o setor. Em 2021, é esperada uma performance menor que em 2020, pois o cenário mudou. A expectativa é que haja uma retração no consumo em 2022 devido a fatores macroeconômicos, como por exemplo, dólar alto, inflação, instabilidade política, desemprego e queda de renda, fazendo com que os consumidores fiquem mais cautelosos e passem a buscar cada vez mais promoções, o que puxa o faturamento para baixo.

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  • Sim, estamos em momento, aonde a informação do que estamos usufluindo de produtos, tem gerando sim mais conhecimentos por várias as situações, mas vejo que ainda se precisa aprofundar e muito no que lemos nos rótulos, são realmente realizados e testados conforme anunciado. Mas de qualquer forma, começa a ter uma maior participação da sociedade em realmente ler e observar essa informações.