Data de lançamento: 16/07/2023
Categoria: Estudantes
Tags: estudantes, bisnaga, cosméticos, aproveitamento, sustentabilidade
Vencedor: Carolina Sanches, Carolina Lângaro, Isadora Pinheiro, Luisa Fonseca (Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS)
País: Brasil
O projeto propõe uma alternativa para as bisnagas convencionais, minimizando o desperdício de produto e trazendo redução do uso total de material da embalagem. Seu corpo é feito com papel kraft laminado e possui um lacre traseiro com aba. Ao ser rompido, a parte flexível da bisnaga se desconecta da estrutura e forma um recipiente reduzido para o restante do produto. Assim, é possível acessá-lo com facilidade, permitindo o aproveitamento até a última gota e favorecendo o transporte no dia a dia.
O maior impacto ambiental de um cosmético está na contaminação gerada pela formulação química do produto em si. Ao reduzir o desperdício sem prejudicar a experiência de uso do consumidor, a embalagem se torna atrativa, incentivando a adoção da solução e potencializando seus benefícios ambientais.
Garantir a integridade do cosmético durante todo o seu uso foi fundamental. Esse requisito foi alcançado com a inclusão de uma tampa secundária integrada, que veda a embalagem reduzida, impedindo a oxidação do produto e conferindo segurança ao transporte mesmo após o rompimento do lacre. Inspirados na observação de “gambiarras” produzidas pelos consumidores para acessar o final do produto, enfrentamos o desafio criativo de adaptar o corte improvisado em uma solução de fábrica viável. Além disso, o rótulo visual foi modernizado comunicando a novidade sem perder a identidade da marca.
A estrutura em papel confere sustentação à bisnaga, facilitando seu uso quando comparado a similares ecológicos. Além disso, a embalagem de volume reduzido, formada com o rompimento do lacre, se acomoda melhor em necessaires, tornando o transporte diário ou em viagens mais conveniente ao usuário. Ao receber o briefing simulando um projeto para a marca Avon, o grupo estudou o público-alvo e percebeu que mudanças disruptivas na forma estética e modo de uso da embalagem não teriam boa aceitação. Assim, foi mantido o formato das bisnagas comuns a fim de garantir a confiabilidade no produto.
O projeto prezou pela viabilidade de produção industrial ao optar por processos de injeção e selagem já presentes na cadeia produtiva de embalagens do segmento. Além disso, a solução utiliza menor quantidade de matéria prima que o modelo convencional, trazendo redução nos custos de fabricação. O projeto substitui a parte flexível da bisnaga polimérica por papel Kraft, material de origem renovável. Sua selagem direta na tampa de PP reciclado elimina a região da rosca presente nas bisnagas tradicionais, reduzindo em 50% a quantidade total de polímeros utilizados na embalagem.