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Abiplast analisa impacto das chuvas no RS no setor de plásticos


Um relatório da Abiplast revela que as fortes chuvas no Rio Grande do Sul estão causando um prejuízo diário de R$22,6 milhões à indústria de plásticos. Isso afeta diretamente a produção, mas também causa preocupações acerca da saúde física e mental das pessoas afetadas, diretor da Associação ressalta a importância de ajudar as empresas

 Uma estimativa feita pela Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) aponta que as chuvas no Rio Grande do Sul somam um impacto de R$ 22,6 milhões por dia no setor de plásticos.

Assim, diante da suspensão de atividade no segmento, até o fim deste mês as perdas chegarão a R$ 680 milhões. Sem incluir os custos com reformas e recuperação dos ativos nas áreas degradadas.

Além disso, de acordo com estimativa da Abiplast, o impacto também alcança a produção, atingindo 134 mil toneladas de resinas. Com isso, representa cerca de 3% da capacidade de produção brasileira de polietileno e polipropileno.

Ainda segundo a Associação, o estado se configura como o segundo do país em concentração de empresas do setor de plástico. Ao todo, somam 1.428 entre empresas de transformação e recicladoras, que juntas têm sob responsabilidade mais de 33,1 mil empregos diretos e faturam R$8,9 bilhões por ano.

Entretanto, com as enchentes as atividades da maioria delas foi paralisada, incluindo locais como o Polo Petroquímico de Triunfo, local em estão grandes fabricantes de resinas.

Preocupações e ajuda às empresas de plástico e segmentos gaúchas

Assim, a projeção feita pela entidade indica que a redução da produção no país chegará a 2% de poliestireno, resina usada na construção civil, embalagens, eletrodomésticos e capacetes de segurança.

Enquanto isso, as empresas que não tiveram seus polos atingidos pelas águas diretamente, têm boa parte dos trabalhadores afetados. Dessa forma, a futura retomada das atividades torna-se mais dificultosa.

Dessa forma, os segmentos fortemente afetados, como o de embalagens, higiene pessoal, limpeza etc., também se mostram preocupados. Afinal, o Rio Grande do Sul centraliza 40% da fabricação de polietileno e de polipropileno, insumos essenciais.

Sendo assim, a paralisação já preocupa a indústria como um todo. Pois além dos danos de produção, aparecem também os efeitos emocionais e psicológicos do desastre.

Perante isso, José Ricardo Roriz, presidente do conselho da Abiplast, explica: “Mesmo as empresas que não foram diretamente afetadas pelas enchentes enfrentam obstáculos logísticos para continuar operando, devido à paralisação do Polo Petroquímico de Triunfo e às dificuldades de acesso ao Porto de Rio Grande.”

Roriz comenta o desafio que se apresenta diante dos danos reais. Mas também ressalta que é necessário aguardar a redução dos níveis da água e a estabilização da situação para que se entenda a extensão dos prejuízos e buscar formas de ajudar as empresas gaúchas.

(Fonte: Plástico Virtual, 28 de maio de 2024)

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