Abiplast analisa impacto das chuvas no RS no setor de plásticos
03/06/2024
Um relatório da Abiplast revela que as fortes chuvas no Rio Grande do Sul estão causando um prejuízo diário de R$22,6 milhões à indústria de plásticos. Isso afeta diretamente a produção, mas também causa preocupações acerca da saúde física e mental das pessoas afetadas, diretor da Associação ressalta a importância de ajudar as empresas
Uma estimativa feita pela Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) aponta que as chuvas no Rio Grande do Sul somam um impacto de R$ 22,6 milhões por dia no setor de plásticos.
Assim, diante da suspensão de atividade no segmento, até o fim deste mês as perdas chegarão a R$ 680 milhões. Sem incluir os custos com reformas e recuperação dos ativos nas áreas degradadas.
Além disso, de acordo com estimativa da Abiplast, o impacto também alcança a produção, atingindo 134 mil toneladas de resinas. Com isso, representa cerca de 3% da capacidade de produção brasileira de polietileno e polipropileno.
Ainda segundo a Associação, o estado se configura como o segundo do país em concentração de empresas do setor de plástico. Ao todo, somam 1.428 entre empresas de transformação e recicladoras, que juntas têm sob responsabilidade mais de 33,1 mil empregos diretos e faturam R$8,9 bilhões por ano.
Entretanto, com as enchentes as atividades da maioria delas foi paralisada, incluindo locais como o Polo Petroquímico de Triunfo, local em estão grandes fabricantes de resinas.
Preocupações e ajuda às empresas de plástico e segmentos gaúchas
Assim, a projeção feita pela entidade indica que a redução da produção no país chegará a 2% de poliestireno, resina usada na construção civil, embalagens, eletrodomésticos e capacetes de segurança.
Enquanto isso, as empresas que não tiveram seus polos atingidos pelas águas diretamente, têm boa parte dos trabalhadores afetados. Dessa forma, a futura retomada das atividades torna-se mais dificultosa.
Dessa forma, os segmentos fortemente afetados, como o de embalagens, higiene pessoal, limpeza etc., também se mostram preocupados. Afinal, o Rio Grande do Sul centraliza 40% da fabricação de polietileno e de polipropileno, insumos essenciais.
Sendo assim, a paralisação já preocupa a indústria como um todo. Pois além dos danos de produção, aparecem também os efeitos emocionais e psicológicos do desastre.
Perante isso, José Ricardo Roriz, presidente do conselho da Abiplast, explica: “Mesmo as empresas que não foram diretamente afetadas pelas enchentes enfrentam obstáculos logísticos para continuar operando, devido à paralisação do Polo Petroquímico de Triunfo e às dificuldades de acesso ao Porto de Rio Grande.”
Roriz comenta o desafio que se apresenta diante dos danos reais. Mas também ressalta que é necessário aguardar a redução dos níveis da água e a estabilização da situação para que se entenda a extensão dos prejuízos e buscar formas de ajudar as empresas gaúchas.
(Fonte: Plástico Virtual, 28 de maio de 2024)