Indústria farmacêutica brasileira investirá R$ 16 bi até 2026
22/03/2024
A indústria farmacêutica brasileira acaba de anunciar investimentos de R$ 16 bilhões em expansão até 2026. A informação partiu do Grupo FarmaBrasil, entidade que congrega 12 dos principais fabricantes de medicamentos em atuação no país. “Esses aportes possibilitam colocarmos as empresas de capital nacional na rota do desenvolvimento”, declarou Reginaldo Arcuri, presidente executivo da entidade, em entrevista à Folha de S. Paulo.
A injeção de recursos será dividida em duas frentes. Pouco mais da metade do montante – R$ 8,5 bilhões – custeará a aquisição de máquinas, equipamentos e construção de novas planras fabris. Outros R$ 7,5 bilhões terão como destino a pesquisa e o desenvolvimento de novos medicamentos.
“É fundamental termos empresas tecnológicas e produzindo o que há de mais moderno no mundo. As empresas do grupo têm aportado entre 6% e 14% do faturamento líquido em inovação e tecnologia. E esse volume é considerável e vai trazer grandes resultados para o país”, comenta.
Farmacêuticas brasileiras devem crescer 30% em quatro anos
Coincidência ou não, as farmacêuticas brasileiras devem viver um período de crescimento intenso durante o aporte de R$ 16 bilhões. A projeção é da consultoria Redirection International.
As previsões da empresa especializada em assessoria em casos de fusão e aquisição apontam um avanço de até 30% para o setor. Anualmente, a média de expansão seria de 8%. “O Brasil está entre os dez maiores mercados farmacêuticos do mundo e quase 7% do consumo de bens pelas famílias brasileiras é composto de produtos farmacêuticos”, explica o sócio da companhia e economista Gabriel Cardoso.
Cardoso vai ainda mais longe e afirma que o setor farmacêutico no Brasil tem potencial para avançar acima da taxa prevista para o mundo todo. “O setor apresenta um grande potencial para crescer até 10% ao ano”, garante.
Segundo os últimos indicadores consolidados do Grupo FarmaBrasil, relativos a 2022, os 12 laboratórios que integram a entidade investiram R$ 8 bilhões em aumento da capacidade produtiva e outros R$ 2,1 bi em pesquisa e desenvolvimento.
(Fonte: Panorama Farmacêutico, 19 de março de 2024)