Embalagens inteligentes: como elas podem beneficiar consumidores e varejistas
23/10/2019
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Imagine o seguinte: você vai até o mercado e, pela embalagem, consegue saber exatamente em qual grau de maturação uma fruta está – ou então, quanto tempo falta para uma carne ficar imprópria para o consumo. São situações bem futuristas, ainda mais para quem está acostumado a descobrir essas respostas apenas pelo cheiro, aparência e data de validade do alimento, concorda? Mas, na verdade, já é possível ter acesso a informações tão precisas quanto essas por meio das embalagens inteligentes!
E não ache que esse tipo de tecnologia ainda vai demorar para ser amplamente usada pelas marcas. A expectativa é que ela se torne cada vez mais comum no varejo. Para se ter uma ideia, a previsão é de que o setor das smart packagings atinja US$ 39,7 bilhões em valor de mercado até 2020, trazendo benefícios não só para o consumidor, mas também para os negócios, otimizando as etapas de produção, transporte, armazenamento e venda.
Mas, afinal, o que são as embalagens inteligentes?
A principal característica das embalagens inteligentes é a presença de tecnologias capazes de comunicar as reais condições de um produto ou do ambiente em que ele se encontra. Elas podem indicar desde oscilações na luminosidade até informações sobre a qualidade de um alimento – como alterações que indiquem seu vencimento, por exemplo.
No entanto, é importante deixar claro que, quando falamos em tecnologias, não estamos nos referindo necessariamente àquelas digitais e conectadas à internet. A maioria das embalagens inteligentes utiliza sensores simples – como monitores químicos e de pH – que interagem com a atmosfera interna e detectam a presença de gases, umidade e outros marcadores de qualidade. Nesta embalagem de salmão, por exemplo, uma etiqueta muda de cor de acordo com o tempo e a temperatura de conservação, apontando com exatidão se o peixe está bom para consumo ou não.
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Vantagens para toda a cadeia produtiva
Os benefícios das embalagens inteligentes não se restringem apenas à entrega de uma experiência positiva para o consumidor final. Ao oferecer informações precisas sobre os produtos, elas se tornam úteis para a indústria como um todo, desde o transporte até o armazenamento.
Nos pontos de venda, por exemplo, essas embalagens podem ajudar os varejistas a ter maior controle sobre o estoque, indicando qual o melhor momento para determinados alimentos serem levados às gôndolas. Com isso, fica muito mais fácil combater o desperdício, o que já é uma grande vantagem para consumidores, empresas e, claro, para a sociedade.
Embalagens inteligentes nas prateleiras
Quem nunca comprou uma fruta e só descobriu que ela ainda estava muito verde quando chegou em casa? Pois é, essa é uma situação bastante comum, mas que pode ser minimizada com a utilização das smart packagings.
O RipeSense, por exemplo, é um sensor que pode ser integrado à embalagem para mostrar os diferentes estágios de maturação de uma fruta e permitir seu melhor aproveitamento pelos consumidores. Basicamente, ele é uma etiqueta sensível ao gás etileno – liberado pela fruta com o passar do tempo –, que muda de cor de acordo com a quantidade de gás presente no interior da embalagem. Dessa forma, a pessoa sabe exatamente quando o alimento ainda está firme (círculo vermelho), mais ou menos maduro (círculo rosado) ou completamente maduro (círculo amarelo).
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Outro exemplo de embalagem inteligente (e até educativa) vem da marca australiana de protetor solar, Blue Lizard. O frasco, que é originalmente branco, fica azul quando exposto aos raios UV, funcionando como um lembrete visual de quando o produto deve ser usado.
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Aqui no Brasil, as embalagens inteligentes ainda não são tão comuns como em outros países, mas considerando o crescimento recente que esse mercado vem apresentando mundialmente, a expectativa é que as marcas comecem a utilizá-las cada vez mais. Afinal, as vantagens atingem tanto os consumidores quanto os agentes envolvidos na cadeia de produção, trazendo, entre várias contribuições importantes, maior sustentabilidade e economia para os negócios.