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NielsenIQ revela que o novo epicentro do consumo são os lares


A pandemia da Covid-19 gerou restrições ao deslocamento de consumidores, com isso as atividades que os expunham a produtos e experiências externas migraram para suas casas. Impactando a logística dos negócios, ações que eram feitas sem preocupação ao sair na rua, como comprar uma roupa ou ir a um restaurante, passaram a serem consideradas de riscos e feitas na segurança de seus lares.

Há menos de dois anos, o varejo se concentrava em atender ao ritmo acelerado de vida de um consumidor que passava cada vez menos tempo em casa. Com a mudança nos hábitos diários gerados pela pandemia, surgiram novas necessidades e novas prioridades de compra em um cenário de grandes incertezas. Desta forma, se faz essencial interpretar os hábitos de consumo para adequar os modelos de negócios a novas realidades.

De acordo com o Painel de Lares NielsenIQ no Brasil, as compras de abastecimento foram impulsionadas pela pandemia e cresceram 25% no segundo trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, os lares brasileiros diminuíram a frequência de compra e aumentaram sua intensidade e ticket médio, e com o aumento de preços, “Cash & Carry” ou Atacarejo é o canal que se destaca em ganho de penetração nos lares.

As motivações de compra e os momentos de consumo agora acontecem, em grande parte, dentro de casa. Esse fenômeno inesperado exige que as marcas foquem seus esforços para entender o comportamento de consumo dos lares. Pesquisa NielsenIQ indica que no Brasil o e-commerce cresceu 41% no ano de 2020, alcançando o volume recorde de vendas de R$ 87 bilhões.

A reabertura gradual da casa trouxe de volta alguns hábitos pré-pandêmicos, como por exemplo, os cuidados com o lar e os hábitos de consumo no último ano. Ainda é cedo para dizer como as famílias irão se comportar com o fim das restrições. “Cada família está se adaptando de forma diferente para criar sua própria combinação de estilos de vida que lhe permite viver indefinidamente no cenário pandêmico, e abrir ou fechar suas portas de acordo com a evolução das medidas sanitárias e modelos de trabalho híbridos”, explica Bolivar Verbel, CPS Product Leader, Latin America, NielsenIQ,

É assim que as decisões financeiras, padrões de gastos e escolhas de estilo de vida continuarão tendo o lar como seu epicentro. No Brasil, por exemplo, o consumo da classe média foi o mais afetado por restrições de mobilidade e aumentos de preços. Cabe aos gestores do varejo monitorar todos os movimentos e buscar transformar ameaças em oportunidades.

“Todo fabricante ou varejista precisa quantificar seu desempenho e entender o “quanto” o seu público consome, mas sua visão não estará completa sem compreender “como”. Mudanças no “quanto” são os sintomas visíveis, mas apenas no “como” poderão compreender o comportamento do consumidor e alavancar suas vendas”, acrescenta Bolivar Verbel.

É necessário analisar as vendas em volume e valor para assim comparar com a concorrência, esta participação de mercado estabelecerá o quantitativo. Para que não haja perda de share é importante analisar o comportamento do consumidor. Para entrar e permanecer no carrinho de compras da família-alvo, é importante ter um painel fixo de famílias que represente a população sócio-demograficamente e seja baseado em uma ciência de dados rigorosa.

No Brasil, o formato “Cash & Carry” (atacado de autosserviço, com grande volume de vendas ao público) é o que faz com que os consumidores aumentem seus gastos. As famílias de certos níveis socioeconômicos aumentaram seus gastos, especialmente nas categorias de alimentos e higiene, sendo o país que mais cresce. Canais de venda de atacado ou de alto volume, onde buscam melhor custo/benefício.

Ganhar espaço diante do consumidor atual implica, tanto para fabricantes quanto para varejistas, incorporar em seus modelos de inteligência ferramentas para identificar microtendências que se originam em casa e determinar as estratégias de melhor esforço-benefício em curto e longo prazo.

É importante para os fabricantes e varejistas que se saiba o potencial de crescimento da marca nos lares brasileiros. Diante desta frequente mudança a NielsenIQ disponibiliza um quiz em seu site, para ajudar os varejistas e fabricantes a saberem mais sobre como anda o comportamento do consumidor e assim alavancar seu negócio.

(Fonte: Cosmetic Innovation, 24 de novembro de 2021)

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