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Papirus define estratégia rumo ao crescimento e investirá mais R$ 30 milhões em ampliação da capacidade


Tomar a posição estratégica de seguir crescendo, a despeito da instabilidade da economia, e avaliar os investimentos e medidas necessárias para isso no médio prazo é a tônica que a Papirus, uma das principais fabricantes de papelcartão do país, vai imprimir às suas ações em 2021. Com a determinação de alcançar, em dois anos, o patamar de 123 mil toneladas/ano de produção, comparativamente à capacidade atual de 110 mil toneladas, a Papirus vai investir mais R$ 30 milhões na expansão da capacidade de sua fábrica localizada em Limeira, no interior paulista, nos próximos dois anos, ao mesmo tempo em que inicia estudos para dar um salto posterior de produção, em um plano a ser implantado a partir de 2023.

A expansão, porém, não será suficiente para atender à crescente demanda de embalagens de papel nos médio e longo prazos e a empresa já trabalha em um novo projeto, que pode englobar a construção de mais uma máquina de cartão e terá foco em uso de fibra reciclada e economia circular.

Com o investimento, a capacidade de produção subirá de 110 mil toneladas no ano passado para 123 mil toneladas por ano em 2022. Antes disso, a fábrica já deverá ter condições de produzir 115 mil toneladas anuais mediante uma primeira rodada de ajustes.

“Estamos preparando a Papirus para crescer além de 2021 de forma ainda mais forte. Esta é uma decisão estratégica que não depende da conjuntura, e que está alinhada à posição sólida que a companhia alcançou a partir do planejamento estratégico realizado em 2018, o que incluiu a ampliação da produção e o lançamento de produtos inovadores para atender às novas tendências de consumo”, conta Amando Varella, Diretor Comercial e Marketing da Papirus e co-CEO da companhia.

Entre as medidas em estudo, está a possibilidade de instalação de mais uma máquina de cartão, com foco em uso de fibra reciclada e economia circular, ou mesmo a construção de uma nova unidade ou aquisição de empresas. De imediato, a Papirus segue ampliando a capacidade com a instalação de novos equipamentos e melhorias no processo de produção. Por isso, antes mesmo de concluir a expansão da capacidade, a fábrica poderá ter condições de produzir 115 mil toneladas/ano.

“O próximo passo de expansão, a partir de 2023, terá de ser maior, e para isso vamos avaliar não apenas qual será a estrutura de capital e como se dará esse crescimento, mas também em quais mercados vamos avançar”, observa Varella, ao destacar que, seja qual for o caminho, o crescimento será orientado pela sustentabilidade, valorizando a reciclagem de resíduos e de toda a cadeia de aparas pré-consumo e pós-consumo.

As novas metas de expansão estão apoiadas também nos resultados obtidos em 2020, quando as vendas da Papirus se ampliaram em 9% no total. Apesar da recessão do mercado interno, a empresa manteve os volumes de venda de 2019, sustentadas pela demanda de segmentos como o de embalagens para delivery e fast food, que cresceram de forma expressiva no período, compensando a queda em outros mercados, e abrindo espaço para os novos produtos lançados pela Papirus, que possuem estruturas adequadas e revestimento extra de proteção para alimentos e bebidas, alto nível de resistência à gordura e diversos tipos de gramaturas e formatos.

Por outro lado, a Papirus elevou suas exportações, devido à abertura de novos mercados antes mesmo da valorização do dólar. Do total comercializado em 2020, 18% destinaram-se ao mercado externo, sendo que em alguns meses, como maio e junho, essa participação superou os 30%, em comparação aos 8% registrados em 2019.

Além do lançamento de produtos alinhados às novas tendências de consumo e as exportações, outros fatores contribuíram para o bom desempenho da Papirus em 2020, como o reposicionamento da marca e o maior engajamento das equipes, o que contribuiu para dar mais agilidade à tomada de decisões e para fortalecer o foco nas relações de valor e nos resultados.

Nesse contexto, o novo salto de crescimento passa agora pela formação das lideranças que deverão conduzir este processo, com foco em alguns pilares como coordenação, engajamento, empoderamento, encantamento e transparência. “Também estamos criando indicadores comportamentais que apontarão os pontos fortes e que deverão ser potencializados para melhorarmos o que já fazemos bem, e que ajudarão a levar a Papirus a um novo patamar de gestão”, completa Varella.

(Fonte: Celulose Online, 23 de fevereiro de 2021)

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