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Substância torna superfície de qualquer material repelente a líquidos


Agindo como uma espécie de campo de força invisível, um novo revestimento aplicado por spray pode fornecer uma camada extra de proteção – o revestimento repele virtualmente qualquer líquido.

O desenvolvimento chamou a atenção particularmente nesta época de pandemia, em que os trabalhadores da saúde precisam de melhores sistemas de proteção para que possam continuar atendendo a população.

Superfícies que podem repelir uma ampla gama de líquidos são chamadas de omnifóbicas – ou onifóbicas – e têm inúmeras aplicações potenciais, mas que têm sido difíceis de viabilizar.

“Os filmes omnifóbicos – repelentes a qualquer líquido – podem repelir uma ampla variedade de líquidos, mas a aplicabilidade desses revestimentos sempre foi limitada a pastilhas de silício ou vidro liso. Esta nova formulação pode revestir e proteger praticamente qualquer superfície, incluindo metais, papel, cerâmica e até plástico,” conta Behrooz Khatir, da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá.

Dá para consertar

O revestimento de duas camadas envolve a colocação de uma camada de sílica muito lisa e fina sobre a superfície que se quer proteger e, em seguida, a funcionalização dessa camada é feita com um silicone altamente reativo. Quando as duas camadas interagem, a superfície impede que todos os tipos de líquidos grudem na superfície, formando gotas e escorrendo “sem molhar”.

O revestimento não apenas repele inúmeras substâncias, mas mesmo sob exposições severas – incluindo luz UV, ácidos e altas temperaturas – o revestimento mantém suas qualidades de resistência.

E, se o revestimento for danificado – por riscos, por exemplo – ele pode reparado fácil e repetidamente por reaplicação, restaurando totalmente as propriedades omnifóbicas ao seu estado inicial.

“Esta tecnologia tem muitas aplicações, mas atualmente estamos focados em fornecer uma solução que manterá nossos enfermeiros e médicos seguros e eficazes. Esse novo revestimento impedirá que gotículas ou micróbios grudem em um escudo facial. Isso torna possível a desinfecção de escudos faciais apenas com água, em vez de exigir procedimentos desinfetantes complexos,” disse o professor Kevin Golovin.

(Fonte: Site Inovação Tecnológica, 28 de julho de 2020)

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