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Varejo on-line: a indústria de embalagens precisa se adaptar


Nos últimos anos, a transformação proporcionada pelo digital foi enorme. Com a internet, redes sociais, smartphones e o aumento do uso da tecnologia em diversas áreas, as relações humanas mudaram de forma nunca antes vista. E não só isso: também a forma como nos informamos, trabalhamos e consumimos. Por isso, os negócios tradicionais tiveram que se reinventar para conquistar um lugar nessa nova economia. E ela, por sua vez, também se reinventa a cada dia. Não é exagero dizer que o varejo precisou encontrar uma nova maneira de funcionar. Agora, as lojas físicas concorrem não somente entre si, mas também com um modelo de negócio inovador: o e-commerce. E isso muda tudo. 

O que vem por aí

Os e-commerces já alcançam grande parte da população. Só no Brasil, existem cerca de 930 mil sites dedicados ao comércio eletrônico, segundo a edição mais recente do estudo Perfil do E-commerce Brasileiro, feito pela BigData Corp e pelo PayPal.

E o futuro do comércio digital é extremamente promissor. De acordo com uma pesquisa da Ebit | Nielsen, por exemplo, a previsão é de que, ainda em 2019, ocorra uma expansão de 15%. Assim, as vendas totais somarão cerca de R$ 61,2 bilhões, resultado de compras 12% maiores. Com isso, o tíquete médio será de, aproximadamente, R$ 447 — representando um aumento de 3% em relação ao último ano.

Esse crescimento se dá, entre outros motivos, à maior busca pela praticidade. Essa tendência, associada ao maior número de brasileiros com acesso à internet e dispositivos móveis, impulsiona as compras on-line. E, por isso, a movimentação dos consumidores do varejo off-line para o on-line fica cada vez mais evidente.

Como o varejo pode lidar com esse cenário?

É fundamental que as marcas comecem a focar em estratégias que facilitem sua adaptação ao mercado digital. Para isso, é preciso pensar nas características marcantes do meio, como a alta competitividade, que faz com que apenas o produto já não seja suficiente para se destacar. 

Quando consideramos locais físicos, é possível usar recursos como painéis virtuais com promoções, um cheiro específico e agradável para a loja e ações nos pontos de vendas para converter o consumidor. Mas o que fazer para crescer no e-commerce, fidelizando pessoas e proporcionando boas experiências?

Apesar de ter recursos sensoriais limitados, o varejo digital possui diversas possibilidades. Serviço de atendimento ao consumidor on-line específico e efetivo, interfaces de boa usabilidade e um bom marketing de conteúdo, por exemplo, são diferenciais desse canal. Além disso, as embalagens também podem ser usadas de maneiras estratégicas no e-commerce.

Quais devem ser os pontos de atenção em relação às embalagens no varejo on-line?

As embalagens são um grande diferencial de mercado, seja on ou off-line, mas alguns fatores relacionados a elas ganham ainda mais importância no meio digital. Confira:

  • Produção 

Com o varejo on-line, a logística tradicional de estocagem de produtos se modifica. No novo modelo, os estoques são menores e, em alguns casos, até inexistentes. Isso acontece porque, em muitos casos, as compras são sob demanda e não são entregues instantaneamente, dando maior maleabilidade ao processo. Dessa forma, a produção de embalagens – e dos produtos – também precisa ser mais flexível e rápida, a fim de se adaptar ao fluxo de vendas desse modelo. 

Com uma produção em baixa escala, o custo de produção tende a ser mais alto. E como os preços finais impactam diretamente na decisão de compra, é interessante reduzi-los na medida do possível. Assim, é importante que os negócios considerem questões que impactem diretamente nos custos gerais das embalagens, como qualidade do material e custo dos insumos. Somente visualizando fatores como esses de forma conjunta e interligada é possível fazer escolhas estratégicas, reduzindo os custos de logística e produção e, consequentemente, o preço final. 

  • Proteção

No passado, a única função das embalagens era proteger o produto durante o transporte e armazená-lo nos pontos de venda. E esse papel continua sendo fundamental. Inclusive, ele ganha ainda mais importância no e-commerce, porque as entregas podem percorrer longas distâncias e a embalagem deve garantir que o produto chegue em perfeitas condições. Por isso, é muito importante utilizar bons materiais e elementos de proteção, como almofadas de ar e papel fragmentado. Além disso, é possível contribuir para a proteção por meio de orientações de manuseio na embalagem.

  • Design

O design de embalagens também tem um papel fundamental no e-commerce. Através dele, é possível fazer com que o produto se destaque em meio à concorrência, contribuindo para uma boa primeira impressão. Por esta ser uma estratégia tão boa de branding, é interessante pensar em embalagens que fujam da tradicional caixa de papelão e reforcem a identidade do negócio.Além disso, a embalagem é essencial quando o consumidor recebe uma compra feita pela internet. Ela é o primeiro contato com o produto e o início de uma boa experiência de unboxing. O termo, que significa desembalar, é visto frequentemente em canais do YouTube. Nesses vídeos, toda a experiência do recebimento do produto é mostrada. E, geralmente, é seguida de uma review (uma crítica, boa ou ruim, do produto). Logo, com uma embalagem bem-feita, visualmente impressionante e funcional, aumentam as chances de conseguir uma divulgação orgânica positiva.

Com esse texto, entendemos que as mudanças no varejo vêm ocorrendo em um ritmo muito acelerado e, por isso, é preciso se adaptar, atualizando-se constantemente em relação às tendências e aos comportamentos do mercado. Mas é necessário, também, entender os diferentes tipos de consumidores que existem hoje. Aqueles que fazem parte da Geração Z merecem atenção especial das organizações, e você pode conhecê-la melhor lendo este artigo.

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