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Venda de biscoitos e massas cresce 9% em 2020


A Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados (ABIMAPI) diz que as vendas do setor somaram R$ 40,5 bilhões em 2020, 9% acima do valor do faturamento alcançado em 2019, de R$ 37,1 bilhões. Em todo o ano foram vendidas 3,5 milhões de toneladas de produtos, 6% a mais que o ano anterior, de 3,3 milhões de toneladas. Em 2021, a expectativa de crescimento é menor: de 3% a 5%.

O levantamento foi realizado pela consultoria Nielsen. O resultado foi impulsionado principalmente pelo primeiro semestre de 2020. Só nos primeiros quatro meses do ano passado, os segmentos movimentaram R$ 9,6 bilhões, 5% acima do valor alcançado no mesmo período do ano anterior (R$ 9,1 bilhões).

“Entre março e abril os carrinhos ficaram mais cheios. As pessoas estocaram comida com medo do desabastecimento e passaram a fazer o maior número de refeições em casa, em virtude das medidas de distanciamento social para controle da Covid-19”, argumenta Claudio Zanão, Presidente Executivo da ABIMAPI.

Entre as categorias, pães e bolos industrializados foram destaque, com crescimento de 12% no volume vendido, surgindo como opção de estocagem. As massas secas cresceram 6% e os biscoitos, 2%. Segundo a associação, embora a venda de biscoitos tenha crescido, a categoria perdeu ocasiões de consumo essenciais, como escolas e escritórios.

O desempenho do setor em todo o ano também é atribuído ao auxílio emergencial, que aumentou o poder de compra da população. Por isso, a retomada de um programa de transferência de renda é considerada determinante para o crescimento contínuo das vendas.

Projeção

“A expectativa é alcançar um crescimento de 3% a 5% em faturamento em 2021 dentro das categorias ABIMAPI. Mesmo com o afrouxamento gradual das medidas de distanciamento social, as pessoas ainda se sentem inseguras para retornar ao consumo fora do lar, além disso, os produtos da categoria são relativamente baratos, pertencentes à cesta básica de alimentação e a população está menos capitalizada, revisando as suas prioridades de consumo”, diz o executivo.

(Fonte:  Site ABIMAPI, 16 de março de 2021)

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