As 6 principais tendências de embalagem para 2025

1. A indústria está focada na reciclagem de plásticos

Da década de 1950 a 2015, a produção mundial de plástico cresceu mais de 200 vezes. Isso significa que o volume anual saltou de 1,5 milhão de toneladas para mais de 7,8 bilhões de toneladas — quase 1 tonelada por ser humano vivo no planeta hoje, com 59% desse total vindo de produtos de consumo e embalagens.

Os plásticos de uso único representam mais de 130 milhões de toneladas da quantidade total de plástico produzido globalmente, emitindo mais de 225 milhões de toneladas de gases de efeito estufa (GEE) durante a extração e o refino. A reciclagem de plástico representa uma das principais áreas de atuação no esforço global para reduzir os efeitos nocivos das embalagens plásticas. Atualmente, menos de 9% dos resíduos plásticos do mundo são reciclados. Mas isso está mudando rapidamente.

A Comissão Europeia adotou recentemente uma estratégia para plásticos que visa melhorar significativamente a capacidade de reciclagem de plástico, com uma meta de 55% do total de resíduos plásticos da UE reciclados até 2025.

A consultora global Deloitte estima que foi necessário um investimento entre € 4,1 e € 6,5 bilhões para atingir essa meta.

2. As embalagens de papel e vidro estão de volta

Uma pesquisa de 2020 da BCG que entrevistou mais de 3.000 consumidores em 8 países revelou que 87% dos entrevistados acreditavam que produtos e serviços mais ecológicos desempenhariam um papel essencial na construção de um mundo melhor no pós-pandemia.

Esses resultados refletem uma tendência global na qual os consumidores, especialmente a Geração Z e a geração Y, expressam uma forte preferência por produtos mais ecológicos.

Outra pesquisa realizada por consultores da McKinsey descobriu que consumidores em 9 países, incluindo EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Japão, China, Índia, Brasil e Indonésia expressaram o desejo de ver um uso maior de embalagens de papel e vidro.

Os entrevistados preferiram alternativas de embalagens de papel e papelão para produtos frescos e vidro para bebidas e produtos domésticos.

As projeções para o mercado de celulose e papel definem um CAGR de 3,5%, para atingir a meta de US$ 679,7 bilhões até 2027.

Desse total, espera-se que grande parte da demanda por embalagens venha do crescimento exponencial do setor de varejo on-line.

Em particular, estima-se que a demanda por caixas de embalagem de papelão ondulado, que formam a espinha dorsal das embalagens de comércio eletrônico, cresça a um CAGR de 4,3% até 2030.

As marcas que adotam embalagens de papel incluem a H&M, marcas da P&G como Secret e Old Spice, o gigante do fast-food McDonald’s e a pioneira em tecnologia Apple.

3. Os bioplásticos são uma nova e promissora inovação em embalagens

Em 2018, os países desenvolvidos receberam um golpe quando a política “Espada Nacional” da China, que proíbe a importação de resíduos plásticos, efetivamente bloqueou a exportação de mais de 50% do total de resíduos plásticos para processamento.

Os EUA sozinhos já foram responsáveis ​​por quase 15 bilhões de toneladas de exportações de resíduos plásticos para a China em um período de 5 anos. Muitos desses países provavelmente ficarão sem capacidade de aterro em menos de duas décadas.

Esta crise está acelerando a busca por alternativas sustentáveis ​​aos plásticos.

Uma das opções mais promissoras atualmente são os bioplásticos, que são alternativas plásticas feitas de materiais renováveis ​​e/ou biodegradáveis.

Os bioplásticos representam apenas 1% do consumo mundial de plástico. No entanto, o rápido crescimento na produção e adoção levou os analistas a avaliar o mercado de bioplásticos em cerca de US$ 88 bilhões em 2033.

4. Devolução do Pacote Reutilizável

O conceito de embalagens reutilizáveis ​​ou recarregáveis ​​é talvez um dos poucos que encontrou aceitação entre consumidores, participantes da indústria e especialistas ambientais.

Pesquisas recentes sugerem que embalagens reutilizáveis ​​podem reduzir o impacto ambiental do consumismo humano em até 85%.

A primeira rede de entrega de varejo Loop oferece aos consumidores ecologicamente conscientes a opção de compras sem desperdício, fornecendo produtos familiares em recipientes reutilizáveis.

A Loop convenceu várias das maiores marcas de FMCG a lançar produtos em embalagens recarregáveis/reutilizáveis.

Essas marcas vão desde os comprimidos recarregáveis ​​de pasta de dente e recipientes de desodorante da Unilever até os frascos de xampu de alumínio recarregáveis ​​da P&G e o sorvete Haagen Dazs da Nestlé em baldes de aço inoxidável.

5. “Minimalismo” é o mantra no redesenho de produtos e embalagens

Depois das embalagens reutilizáveis, o design minimalista parece ser a estratégia de embalagem mais pró-ESG.

Não é de surpreender que um estudo de 2017 tenha descoberto que 92% dos entrevistados expressaram preferência por embalagens minimalistas que fossem ecológicas e/ou biodegradáveis.

Duas grandes abordagens podem ser identificadas no movimento minimalista: redesenho de produtos e redesenho de embalagens.

6. Tecnologias de etiquetas inteligentes melhoram a sustentabilidade

A busca por padrões e práticas unificadas no setor em torno da reciclagem e embalagens sustentáveis ​​está resultando em colaborações entre organizações como a How2Recycle, por um lado, e os principais participantes do setor, por outro.

Um objetivo central desses padrões é criar rótulos de produtos que forneçam instruções claras e fáceis de entender para a reciclagem do produto e de sua embalagem.

Um estudo de 2020 da Ipsos destacou o papel crucial dos rótulos dos produtos nas decisões de compra dos consumidores, com rótulos ESG como “embalagem 100% biodegradável” e “embalagem feita de 100% plástico recuperado do oceano” percebidos como fornecedores de informações de alta prioridade.

O uso de tecnologias de etiquetagem “inteligentes”, como RFID (Identificação por Radiofrequência), EAS (Vigilância Eletrônica de Artigos) e códigos QR (Resposta Rápida) na embalagem do produto permite que os usuários interajam com o rótulo usando dispositivos como celulares e scanners para “ler” informações do produto, como ID do produto, número de catálogo e preço.

À medida que um número crescente de países e setores comerciais adotam essas tecnologias, analistas de mercado preveem um rápido crescimento.

O mercado de etiquetas inteligentes está avaliado em mais de US$ 12 bilhões e deve atingir cerca de US$ 35 bilhões até 2030.

Notícia completa no link: (https://explodingtopics.com/blog/packaging-trends)

(Fonte: Exploding Topics, 27 de novembro de 2024)