Como as embalagens devem se adaptar às novas tendências de consumo?
08/08/2019
Uma nova geração de consumidores vem chamando a atenção das empresas. São pessoas com interesses, mentalidades e comportamentos específicos, que protagonizam mudanças nos padrões de consumo em todo o mundo. Aí fica a pergunta: como se adaptar a essa nova realidade?
Bom, como já falamos em artigos recentes, muitas dessas mudanças ocorrem em função das facilidades proporcionadas pelas novas tecnologias e, por isso, é fundamental que as empresas entendam as lógicas de consumo que esses espaços demandam. Mas nem tudo tem a ver com os avanços tecnológicos. Várias mudanças também estão acontecendo devido a uma forma mais consciente, inclusiva e diversificada de se ver o mundo.
Para ter uma boa performance nesse cenário, as marcas precisam compreender como as pessoas pensam para continuar oferecendo produtos e serviços inovadores e de boa qualidade. E, claro, também precisam saber se comunicar com esse público e responder às suas demandas e necessidades.
Mas e as embalagens? Como elas devem se adaptar às novas tendências de consumo? É sobre isso que falamos neste artigo!
Informação é obrigação
Segundo a pesquisa Global Consumer Trends 2019, da Euromonitor, o público está ficando mais inteligente e autossuficiente. Sabe aquela ideia de que “hoje em dia todo mundo é especialista em tudo”? Então, é mais ou menos nesse sentido.
Em uma época de fácil acesso e circulação de conteúdos, as pessoas têm um universo de informações à disposição, o que faz com que elas levem diversos fatores em consideração na hora de decidir suas compras. Já é bastante comum que os consumidores procurem sobre um produto na internet antes de adquirir algo do supermercado. E sabe o que isso significa? Que o nível de exigência está aumentando.
No caso de alimentos e bebidas, por exemplo, os clientes querem saber quais os ingredientes utilizados, os benefícios do produto, as restrições e, até mesmo, a opinião de outras pessoas que compraram aquele item.
A linha de sucos orgânicos da Native é um bom exemplo de como investir em informações é fundamental. As embalagens comunicam aspectos importantes do processo produtivo, como o respeito com os trabalhadores, o controle do impacto ambiental e a não utilização de conservantes. Tudo isso explícito de forma clara e transparente.
Facilidades muito bem-vindas
Estamos em uma era onde a solitude é algo cada vez mais apreciado. Mas, calma, não estamos falando de solidão. Solitude é algo diferente, que tem a ver com a necessidade de manter certa privacidade e com a valorização do “ficar consigo mesmo”. E é claro que isso também influencia a maneira como as pessoas consomem.
Juntando isso com a facilidade proporcionada pelas plataformas digitais, fica mais fácil entender o sucesso dos aplicativos de entrega de comida, o rápido crescimento do e-commerce e, agora, o surgimento dos apps de delivery de supermercado.
Nesse sentido, as marcas devem olhar com mais cautela para esses novos hábitos e extrair padrões de comportamento para proporcionar um serviço mais inteligente. As embalagens de molho de tomate da Cargill, por exemplo, foram especialmente projetadas para uma realidade em que o consumo individual e imediato prevalece. Além de serem ideais para um novo perfil de consumidor, elas também contribuem com a redução do desperdício de alimentos e facilitam o transporte e armazenamento.
Consumidores e o “mindfulness”
Muito se comenta sobre como as pessoas estão mais conscientes em relação aos produtos e serviços que utilizam. Já falamos que a sustentabilidade não é mais um diferencial para elas, mas uma obrigação. E a diferença é que, agora, esse público não está preocupado apenas com as consequências dos atos de consumo.
Hoje, os consumidores querem saber mais sobre o processo como um todo e, por isso, vêm sendo associados à prática do “mindfulness” (que pode ser traduzido como “atenção plena”). Todos os impactos da produção — desde o cultivo, a extração e a preparação de um produto, até o transporte e a distribuição — são considerados por esse público.
Por isso, é fundamental que as marcas deixem clara sua ética e os procedimentos utilizados a fim de se destacarem entre essas pessoas.
Muitos produtos, por exemplo, não levam nenhum insumo de origem animal em sua composição e, ainda assim, não são lembrados pelos consumidores como veganos. Pensando em uma estratégia de diferenciação, o Boticário divulgou que vai começar a identificar seus produtos veganos com um selo de destaque na embalagem. A marca já possuía vários cosméticos sem ingredientes de origem animal, mas não fazia uma comunicação clara com esse público.
Essas são apenas algumas das tendências de consumo que vêm exigindo novos posicionamentos das empresas. Afinal, em uma época de mudanças cada vez mais velozes, é fundamental estar por dentro de tudo que acontece nas esferas de produção e consumo. E para se manter antenado sobre isso, não se esqueça de nos acompanhar nas redes sociais (Facebook, LinkedIn, Instagram)!