Verallia prioriza economia de baixo carbono
21/08/2023
Fábricas no Brasil, Portugal e Espanha já são abastecidas com 100% de eletricidade renovável
Durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em janeiro de 2023, a Comissão Europeia apresentou um plano industrial verde como alternativa do continente à corrida pela inovação industrial para a descarbonização. A busca por alternativas que visam maior eficiência energética e descarbonização na produção em larga escala também é uma pauta brasileira e que foi destacada no Plano de Retomada da Indústria da CNI – Confederação Nacional da Indústria, lançado em maio de 2023.
Diante desse cenário global, a Verallia adotou uma estratégia proativa com o objetivo de atingir 60% de eletricidade certificada renovável ou de baixo carbono em seu mix elétrico global até 2025 e 90% até 2040.
Para isso, o Grupo assinou vários contratos do tipo PPA (Power Purchase Agreement) com o objetivo de continuar aumentando a participação da eletricidade de baixo carbono em seu mix. Dessa forma, no Chile, a fábrica de Rosário tem usado desde abril de 2022, 100% de eletricidade renovável. Na Alemanha, foi assinado um primeiro contrato de energia eólica para abastecer as quatro fábricas do Grupo com 30% de suas necessidades. As fábricas no Brasil – Porto Ferreira (SP), Jacutinga (MG) e Campo Bom (RS), assim como em Portugal e Espanha, já são abastecidas com 100% de eletricidade renovável.
O Grupo também está se mobilizando para acompanhar a meta da União Europeia de substituir os combustíveis fósseis por hidrogênio produzido a partir de energia renovável. A Verallia está realizando testes ao abastecer uma das fábricas alemãs com um gás de coque que pode conter até 50% de hidrogênio. Por fim, vários projetos estão em curso para estudar a substituição do gás natural por biocombustíveis produzidos nas proximidades das unidades, como na fábrica de Saragoça, que iniciou o uso contínuo de biocombustível para atender até 15% de suas necessidades em 2022.
Romain Barral, Diretor de Operações do Grupo Verallia, destaca a estratégia da companhia para a redução das emissões de CO2. “O uso de energias renováveis ou de baixo carbono está no centro da estratégia da Verallia para reduzir suas emissões de CO2 dos escopos 1 e 2. O nosso objetivo é que atinjam 60% de nosso mix elétrico global até 2025. Nos últimos anos foram lançados inúmeros projetos e novos contratos de abastecimento, levando nossas fábricas a utilizarem energias tão variadas quanto a solar, eólica, hídrica ou o hidrogênio e os biocombustíveis. Nossos esforços terão de ser redobrados, mas um impulso sólido já está em curso para identificar e estabelecer as parcerias estratégicas necessárias para alcançar nossas metas”, afirma.
A Economia Circular do Vidro
Para preservar os recursos de matérias-primas e reduzir o consumo de energia na produção de embalagens de vidro, é necessário coletar mais vidro para reciclagem. A Verallia atua neste sentido em todos os países onde o Grupo está presente e, prioritariamente, na América Latina, onde a reciclagem do vidro doméstico ainda é pouco desenvolvida.
No Brasil, o Grupo lançou um programa, Vidro Vira Vidro, de instalação de Pontos de entrega Voluntária – PEV, em que instalou 200 contêineres em 2022, e tem como meta concluir a instalação de 1.500 até 2026. Estão sendo organizadas parcerias com bares e restaurantes por todo o país para explorar o potencial significativo de coleta que representam, bem como ONGs e o poder público para conscientizar a população sobre a reciclagem.
Para Quintin Testa, Diretor Geral da Verallia para América Latina, o consumo consciente é um desafio a ser estimulado na população. “No Brasil, infelizmente apenas uma pequena parte do vidro é destinada à reciclagem, aumentando a sobrecarga dos aterros e custo para o poder público. Por isso o Programa Vidro Vira Vidro é um importante aliado para incrementar as taxas de reciclagem em todo o território nacional”, afirma.
Hoje, é estimado pelo setor que 75% dos vidros consumidos vão para aterros sanitários e apenas 25% são reciclados. Além do acúmulo de resíduo, os materiais destinados aos aterros possuem custo para as prefeituras.
Para reciclar, não é preciso que o vidro esteja intacto. Apenas com a utilização de cacos na produção de novas embalagens já é possível reduzir o consumo de energia, extração de recursos naturais e a emissão de CO2.
Para se ter ideia, a cada 10% de caco utilizado na produção, pode-se reduzir 5% de CO2 e 2,5% a menos de consumo de energia no processo de fabricação.
O programa Vidro Vira Vidro tem expectativa de coletar 24 mil toneladas de caco por ano, que ajudará a reduzir as emissões CO2 no processo de fabricação de embalagens de vidro, consumo de energia e o uso de matéria-prima virgem.
(Fonte: Engarrafador Moderno, 11 de agosto de 2023)